Ensaio de Expatriados - 4 - No início pensei que fosse castigo, mas..., por Yuji Kunii, da Shimadzu do Brasil

Caros leitores do Brasil Nippou, Tudo bem? Sou Yuji Kunii da Shimadzu Corporation (社島津製作所) e da Shimadzu do Brasil Comércio Ltda.

A Shimadzu Corporation, com sede em Kyoto, é uma tradicional fabricante de equipamentos de precisão que produz e vende instrumentos de análise e medição, equipamentos médicos de diagnóstico por imagem, máquinas industriais, equipamentos hidráulicos, equipamentos aeronáuticos, entre outros, e que neste ano completa 150 anos de fundação. A Shimadzu do Brasil Comércio Ltda. tem sua sede em Barueri, a cerca de 30 minutos de carro do centro de São Paulo, e realiza importação, vendas e serviços de instrumentos de análise e medição e equipamentos médicos de diagnóstico por imagem.

A divisão médica à qual pertenço realiza vendas e serviços de equipamentos de raios-X utilizados em hospitais e clínicas e tem jurisdição sobre toda a América Central e do Sul, inclusive o Brasil. Os funcionários locais são sinceros, positivos e sérios. Eles superaram, no bom sentido, a impressão que eu tinha dos brasileiros antes de vir para cá. Cercado por excelentes funcionários, trabalho todos os dias com energia e alegria.

O fato de eu conseguir trabalhar com energia e alegria também se deve ao meu tempo pessoal ser muito gratificante.

Quando recebi a indicação para trabalhar no Brasil do meu supervisor da época, fiquei muito chocado. Aos 45 anos, minha primeira experiência no exterior seria no Brasil, do outro lado do mundo. Como minhas duas filhas tinham na época 16 anos (1º ano do ensino médio) e 15 anos (3º ano do ensino fundamental), foi confirmado que seria uma transferência sozinho. Cheguei a pensar se era algum tipo de castigo. Mas, quando realmente comecei a viver em São Paulo, minha impressão mudou 180 graus.

Embora não se possa dizer que a segurança seja boa, as pessoas, o clima e a comida são muito bons! Claro que é triste viver longe da família e às vezes sinto saudades, mas os colegas expatriados e os círculos esportivos preenchem essa solidão e meus fins de semana.

Primeiro, o beisebol. Sou líder do círculo chamado SMAB (São Paulo Middle Age Baseball club), que se tornou o centro da minha vida pessoal. O contraste entre a atmosfera calorosa do círculo e a tensão aguçada durante os jogos é irresistível. Com a cooperação dos organizadores, também fazemos eventos como churrasco, banho de mar e paraquedismo, que são muito divertidos! Se você tem interesse em beisebol ou eventos, por favor, participe.

E o samba. Frequento as aulas que a professora Joe Kasai oferece uma vez por mês. Os bares temáticos com samba que visitamos todos juntos após a aula é uma experiência valiosa que não se pode ter normalmente. Meu coração já é brasileiro! Neste ano também participei como dançarino do Carnaval de São Paulo, o que se tornou uma memória para toda a vida.

Também participo do círculo de corrida CCC (clube de corrida e cerveja), correndo cerca de 10km no Parque Ibirapuera às 8h da manhã de sábado. Me viciei completamente na corrida, comprei tênis, relógio e fones de ouvido e participo de competições não só em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro e em Salvador. Meu objetivo atual é conseguir sub-4 na Maratona de São Paulo em abril.

No futebol society da comunidade Azulista, mesmo sendo ruim, corro desesperadamente atrás da bola. Comecei a jogar golfe depois de vir para São Paulo, e o roteiro de jogar com bons amigos, tomar banho e fazer refeições é o máximo. Além disso, visito um casal de bons amigos em prédio para desfrutar da sauna. É muito divertido relaxar na sauna e piscina externa e depois fazer uma refeição juntos.

Konosuke Matsushita, fundador da Panasonic, também deixou as máximas: "Descansar também faz parte do trabalho" e "Se não há tranquilidade no coração, não surgem boas ideias".

Acredito que, ao ter uma vida pessoal gratificante e manter a tranquilidade no coração, posso realizar um trabalho criativo e de qualidade. Com essa convicção, continuarei a ter fins de semana ocupados!!