Cotia Seinen = Cerimônia comemorativa do 70º aniversário em setembro = Amplo chamado para participação da nova geração = Prevista a publicação de álbum comemorativo

O Cotia Seinem (presidente Hirose Tetsuhiro), o maior grupo entre os imigrantes do pós-guerra, realizará a Cerimônia do 70º Aniversário da Imigração do Cotia Seinen no dia 14 de setembro, às 9h da manhã, no Parque Bunkyo Kokushikan, em São Roque, estado de São Paulo. Como projeto relacionado, também está prevista a publicação de um álbum comemorativo.
Foi em 15 de setembro de 1955 que 109 jovens imigrantes para Cotia do primeiro grupo desembarcaram no porto de Santos. De então até janeiro de 1967, 2.508 jovens atravessaram o oceano. Passaram-se 70 anos desde o início da imigração, e os imigrantes que tinham 20 anos na época agora completaram 90 anos, com cerca de 1.500 já falecidos.
Na década de 1950, o Japão enfrentava dificuldades econômicas do pós-guerra e a reforma agrária, e as instituições administrativas também lutavam com políticas de emprego para segundos e terceiros filhos. O diretor executivo Shimomoto Kenkichi da então Cooperativa Agrícola de Cotia Cooperativa Central concebeu um plano de introdução de imigrantes solteiros para formar sucessores dos membros da cooperativa, explicando sua necessidade ao setor agrícola japonês e buscando cooperação. O presidente Hami Yasushi da então União Central das Cooperativas Agrícolas de Todo o Japão (Zenchū) simpatizou com o plano. Zenchū prometeu enviar os jovens, e foi decidida a introdução dos jovens imigrantes de Cotia.
Os jovens que vieram ao Brasil foram obrigados a trabalhar por quatro anos em fazendas designadas pela cooperativa de Cotia e, após o término, poderiam se tornar independentes (abrir negócio próprio) com o apoio e cooperação de patrões e da cooperativa, mas na realidade não havia garantia de independência. Às vezes ocorriam problemas devido às diferenças geracionais e de pensamento com os patrões dos imigrantes do pré-guerra. No entanto a maioria cumpriu o contrato de quatro anos e se tornou independente, tornando-se membros da cooperativa.
Entre os jovens que vieram para terras estrangeiras do Brasil sem conhecer a sociedade real do Japão, alguns desenvolveram nostalgia intensa pelo Japão, sofreram de neurose grave e tiraram a própria vida. O maior desafio para os jovens era o casamento. Com a cooperação da Federação Nacional de Cooperativas Agrícolas de Colonização do Japão (Zentakuren), associações de famílias que ficaram no Japão e governos de várias províncias, cerca de 500 noivas imigrantes vieram do Japão para o Brasil. No entanto, como muitos casamentos foram arranjados através de fotografias com pessoas completamente desconhecidas, às vezes ocorriam problemas.
A segunda geração dos jovens de Cotia já está na faixa dos 50-60 anos e, como a primeira geração, está ativa em vários campos no Brasil. Há muitos que contribuem para o desenvolvimento regional como líderes, como Walter Ihoshi, eleito deputado federal em 2014, e presidentes de cooperativas agrícolas famosas em várias regiões. Sérgio Masaki Fumioka, que se tornou presidente do comitê executivo querendo fazer desta cerimônia do 70º aniversário um sucesso, é uma dessas pessoas.
"Aos 13 anos, fui ao Japão como membro do segundo grupo de visita com mais de 100 pessoas e me lembro de ter visitado o Palácio Imperial. Foi por ter tido essa experiência que comecei a ter consciência da conexão com o Japão, e isso se tornou o gatilho para estabelecer uma agência de viagens. Minha irmã Mami foi do primeiro grupo", explicou. A associação enviou um total de 646 pessoas da segunda geração ao Japão em 9 ocasiões de 1979 a 1996 como "Grupo de Treinamento e Visita ao Japão da Segunda Geração de Jovens de Cotia". O presidente do comitê executivo Fumioka apela: "Essa é uma boa oportunidade para segundas gerações como eu e terceiras gerações ainda mais jovens se reunirem. Gostaria que pessoas que não tiveram relação até agora também participem".
Na cerimônia serão realizados serviços memoriais para os falecidos e celebrações de longevidade para os de 90 anos (nascidos em 1930), 88 anos (nascidos em 1937), 80 anos (nascidos em 1954) e 77 anos (nascidos em 1948).
O presidente Hirose apela: "Certificados de agradecimento serão preparados para todos os jovens de Cotia que participarem e também para os falecidos se suas famílias desejarem. Por favor, participem".
No dia do evento, um ônibus partirá às 7h da manhã, da rua da Glória (ponte Província de Mie), na Liberdade, em São Paulo, até o local.
Jovens de Cotia = Publicação de álbum comemorativo = História familiar em 4 fotos
A associação Cotia Seinen Rengaku Kyoguikai (presidente Tetsuhiro Hirose) está promovendo a publicação de um álbum comemorativo como parte dos projetos do 70º aniversário da imigração e solicita a submissão de fotos para inclusão.
Nesse projeto, a história de cada família de jovens de Cotia será expressa em 1 página com 4 fotos cada. "Gostaríamos que cada foto tenha uma breve explicação sobre quando e onde foi tirada, quem aparece na foto", pediu. Está prevista a inclusão de 150 famílias.
Digitalize as fotos com scanner e envie por email para cotiaseinen@gmail.com. Também será possível trazer as fotos no dia da cerimônia, quando serão copiadas e as fotos originais, devolvidas. O custo de um álbum é de R$ 150.