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Centenário da Colônia Hirano é celebrado com grande cerimônia; Homenagem, descerramento de placa e mensagem do prefeito de Kakegawa marcam o evento

12/08/2025

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Cafelândia, SP - A Comissão Organizadora do Centenário da Colônia Hirano, presidida por Cecilia Kiyomi Moribe Ikeda, reuniu cerca de 350 pessoas no último dia 3 para celebrar, com grande pompa, a cerimônia comemorativa e um ato religioso em memória dos pioneiros.

Nos anos 1940 e 1950, auge da comunidade, mais de 300 famílias viviam na colônia. Hoje, restam apenas 7 famílias, totalizando 12 moradores. Os preparativos para o evento começaram no ano passado, com reuniões mensais e obras de reforma no templo e no salão comunitário.

Fundada em 1915, a Colônia Hirano enfrentou enormes dificuldades nos primeiros anos: em apenas seis meses, mais de 60 pessoas morreram de malária e pragas de gafanhotos destruíram plantações inteiras.

A programação começou às 8h, com a execução da “Gunkan-Marchi - Marcha Naval” japonesa e dos hinos nacionais do Brasil e do Japão por uma Banda do Exército do Brasil. Participaram da solenidade o cônsul-geral do Japão em São Paulo, Toru Shimizu, o presidente da União Cultural Nipo-Brasileira Noroeste, Hideto Honda, a prefeita de Cafelândia, Tais Contieri, entre outras autoridades. No templo Heianzan Komyoji, foram realizados o hasteamento das bandeiras, o descerramento de uma placa comemorativa, um ato religioso diante do monumento em memória dos imigrantes e uma cerimônia de oferenda floral.

Representantes da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) também marcaram presença, incluindo o presidente honorário Renato Ishikawa, o presidente do Conselho Deliberativo, Joji Yamashita, e a presidente da Comissão de Administração do Museu Histórico da Imigração Japonesa e também vice presidente do Bunkyo, Lidia Yamashita.

Após o toque solene do sino, a cerimônia religiosa no salão principal foi conduzida por Mario Kajiwara, bispo do Templo Nishi Hongwanji do Brasil, e pelo monge Chijo Okayama, com a participação de todos no rito de incenso. Os presentes cantaram o “Hino do Imigrante”, cuja letra foi composta para expressar os sentimentos dos pioneiros. Em seu sermão, Kajiwara lembrou que seu avô e sua avó foram sacerdotes, e que sua mãe nasceu na colônia, destacando: “Este é o templo mais antigo do Nishi Honganji no Brasil, com 75 anos. É uma bênção poder realizar esta cerimônia”.

Na sessão solene, o presidente da Associação Cultural e Esportiva Agrícola de Hirano, Shigeru Shigematsu (71 anos, nissei), declarou: “Quem conhece a história desta terra nunca esquece de agradecer aos antepassados e respeitar o caminho percorrido. A Colônia Hirano continuará a transmitir a mensagem de paz”.

Masao Hélio Nishioka leu, em japonês, o texto gravado no monumento sobre a origem da colônia (de autoria do embaixador Akira Ariyoshi), e Noriyuki Edison Moribe fez a leitura em português.

O ex-presidente do Bunkyo Renato Ishikawa ressaltou que “a comunidade nikkei representa apenas 1,3% da população brasileira, mas é responsável por cerca de 5% do PIB. Isso se deve ao investimento dos imigrantes na educação e na transmissão de valores japoneses. A Colônia Hirano é um exemplo vivo de perseverança”.

O vereador Luiz Fabiano Caldellare, representando a presidência da Câmara Municipal, afirmou que “a colônia enriqueceu a nossa cultura, e o fato de estar comemorando 110 anos é motivo de orgulho para todos nós”. A prefeita Tais Contieri também destacou: “Mesmo diante de enormes dificuldades, a colônia contribuiu para a agricultura da cidade. Essa chama não pode se apagar, e a prefeitura dará todo apoio necessário”.

O cônsul-geral Shimizu elogiou “o espírito indomável e a coragem dos pioneiros”, associando-o às comemorações dos 130 anos de amizade Brasil-Japão.

Foram homenageados como personalidades de destaque Shigeru Shigematsu, Fábio Kaoru Yamashita, Sumiko Moribe e Harumi Ikeda. Receberam homenagens pela longevidade: Sachiko Kawakami (93 anos), Yoshiko Onoue (88), Sumiko Moribe (85), Harumi Ikeda (85), Sugako Yamashita (83), Tsunenori Moribe (82), Kikue Shigematsu (80) e Sadao Onoue (90).

Encerrando a programação, foi exibida uma mensagem em vídeo do prefeito de Kakegawa, província de Shizuoka, cidade natal de Umpei Hirano, fundador da colônia. Vestindo o uniforme da seleção brasileira, Takashi Kubota afirmou: “Os imigrantes japoneses se uniram e abriram caminho em meio a condições adversas. Nós, cidadãos de Kakegawa, nos orgulhamos das realizações do senhor Hirano e sentimos ainda mais a importância de transmitir esse legado para o futuro”.


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