Jornalista Tsunoda, do Jomo Shimbun, pesquisa imigrantes de Gunma no Brasil

Shunya Tsunoda (38 anos), repórter responsável pelo planejamento do departamento de reportagem da redação do jornal regional Jomo Shimbun, da província de Gunma, esteve no Brasil por aproximadamente 3 semanas, de 29 de junho a 20 de julho.
O repórter Tsunoda visitou o estado do Pará (Belém), a região de Tomé-Açu e a cidade de São Paulo, bem como cidades vizinhas, com o objetivo de investigar e reportar "os rastros da imigração", focando principalmente em pessoas relacionadas à província de Gunma, já que este ano marca o 130º aniversário das relações de amizade nipo-brasileiras.
Embora essa tenha sido sua quinta visita ao Brasil, foi a primeira vez que veio ao país a trabalho. Em 1999, aos 12 anos, participou como membro da primeira turma dos "Embaixadores Infantis Verdes" na "Floresta de Gunma" nos arredores da cidade de Belém, o que despertou seu interesse. Desde então, visitou o país durante seus anos de estudante e até mesmo em sua lua de mel, sendo um grande admirador do Brasil.
No entanto, desde o início desta visita, houve uma série de contratempos. O repórter partiu do aeroporto de Haneda, em Tóquio, em 23 de junho, com destino ao Brasil via Catar, no Oriente Médio, mas teve que retornar a Haneda devido aos ataques das forças americanas ao Irã e à retaliação iraniana contra a base aérea americana no Catar. Por isso, devido à mudança de voo, chegou ao Brasil com 5 dias de atraso, sendo forçado a alterar o cronograma de reportagens planejado no país.
Além disso, em Tomé-Açu, devido a manifestações de produtores de dendê que bloquearam as estradas, ficou impossibilitado de sair da cidade, vivenciando uma "experiência valiosa" ao ficar retido no local.
Por outro lado, em São Paulo, com a cooperação da Associação Cultural Gunma Kenjin do Brasil (presidenta Neuza Isoshirada), realizou pesquisas intensivas, incluindo entrevistas com imigrantes da primeira geração e a cobertura do 26º Festival do Japão organizado pela federação das associações de províncias.
Refletindo sobre suas reportagens no Brasil, Tsunoda comentou: "Fiquei impressionado com a postura positiva diante da vida. Fiquei feliz em poder ouvir os sentimentos e pensamentos sobre a província-mãe tão distante".
Quando questionado sobre seus planos futuros, mencionou seu desejo de participar do Centenário da Imigração Japonesa na Amazônia previsto para 2029, daqui a 4 anos. "Minha filha tem 8 anos agora, mas daqui a 4 anos ela terá 12 anos, a mesma idade que eu tinha quando visitei o Brasil pela primeira vez. Gostaria de trazê-la comigo ao Brasil, seja a trabalho ou por motivos pessoais", expressou com entusiasmo.