Experimentando tratamento estético no país da beleza: Desafio do lip art makeup (parte 1) Tranquilidade com explicações em japonês

O Brasil é conhecido como um país da beleza. Com o 4º maior consumo de cosméticos do mundo (atrás dos EUA, China e Japão), segundo as estatísticas de 2023 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), no Brasil são realizadas cerca de 4 milhões de cirurgias por ano, ocupando o 2º lugar no mundo, depois dos Estados Unidos.
Comparado ao Japão, os tratamentos podem ser realizados a preços relativamente mais acessíveis, e ouvindo que os tratamentos estéticos são populares também entre as esposas dos expatriados japoneses no Brasil, eu, como repórter, decidi experimentar o "Lip Cor", conhecido no Japão como "lip tattooing". Diferente da tatuagem, esse é um procedimento que insere pigmentos em camadas muito superficiais da epiderme à derme (cerca de 0,2 a 1 milímetro), funcionando como substituto do batom, caracterizado por um acabamento natural.
No entanto, como não tenho confiança no meu português, queria um lugar onde pudesse falar japonês, então uma conhecida me apresentou a Yoná Hamada Clínica. As avaliações no Google eram boas e, depois de ver no Instagram as postagens de pessoas que fizeram o tratamento lá, decidi me arriscar e entrar em contato pelo WhatsApp. Como enviei a mensagem em português usando tradução por IA, toda a comunicação para agendamento foi em português, então para ser honesta, fiquei ansiosa até chegar lá.
A clínica fica a cerca de 15 minutos a pé da estação Imperatriz Leopoldina da Linha 8, em São Paulo. No Brasil, sempre fico preocupada se é seguro ir a lugares pela primeira vez, mas essa área é uma região cultural e comercial com universidades e empresas, onde há também supermercados de luxo, e não senti ansiedade caminhando. Fica dentro de um grande edifício comercial, e na entrada fazem registro de reconhecimento facial, o que dá segurança.
Logo na recepção da clínica, estavam sentadas duas meninas absolutamente adoráveis. Eram as filhas do casal de proprietários Anderson e Yoná Hamada: Valentina (10 anos) e Antonella (6 anos). Anderson me cumprimentou em japonês e serviu chá verde em bule de ferro e doces de damasco, o que me deixou completamente relaxada.
Em um escritório muito limpo, decorado em preto e branco, primeiro recebi shiatsu de Anderson, que estudou no Japão. Troquei de roupa por roupas esportivas, ele perguntou sobre a pressão e locais doloridos, e recebi o tratamento relaxando como se estivesse no Japão, aliviando consideravelmente a tensão no ombro direito.
Depois, finalmente chegou a hora do tratamento de cor dos lábios. Yoná explicou em japonês: "Primeiro vamos desinfetar e depois aplicar anestesia. Não está com frio?", o que me tranquilizou. Limpou e desinfetou os lábios e ao redor com algodão. Depois aplicou o líquido anestésico com cotonete. Pensei que fosse ficar mais dormente, mas só senti um leve formigamento. A agulha usada no procedimento foi mostrada com a explicação "é descartável". Quanto à cor, antes de começar o procedimento, ela aplicou a cor nos lábios para me mostrar. Das três cores disponíveis - maçã do amor, cereja e melancia -, escolhi maçã do amor, que combina com meu rosto e tom de pele. (continua, Kimiko Aso)